Se você é fascinado por animais exóticos, saiba que cuidar de uma cobra em casa não é tão difícil quanto muita gente imagina. Mas animais silvestres como esse, requerem um ambiente bem controlado e manejo correto. Assim, eles se tornam amigos inseparáveis dos tutores e podem viver por até 30 anos!
Isso mesmo: são três décadas, por isso, só escolha ter uma serpente caso você esteja disposto a passar todos esses anos ao lado dela. É preciso ter em mente que as cobras são animais discretos, não emitem sons, odores e tem um jeito bastante peculiar de demonstrar carinho.
Elas são indicadas para pessoas que não buscam por uma fidelidade intensa e dedicação diária, por exemplo, como a de um cachorro. Mas podem se tornar companheiras inseparáveis dos tutores e sabem muito bem reconhecê-los.
As cobras mais indicadas são aquelas não venenosas, como a jiboia e a cobra do milho (corn snake), porém elas possuem presas bem afiadas e, se estressadas, podem machucar até mesmo o tutor, por isso, o manejo correto é muito importante.
Confira as nossas dicas para o melhor cuidado com o seu réptil.
Cobras somente com registro do Ibama!
No Brasil, os répteis passaram a ser legalizados como animais domésticos em 1997. Para as cobras, as regras são claras:
Apenas animais nascidos e criados em cativeiros é que podem ser cuidados como domésticos. Aqueles que forem retirados diretamente da natureza ou vendidos e comprados ilegalmente são proibidos e as penalidades são bem duras para quem pratica esse tipo de crime.
Terrário - Habitat da cobra
O terrário é o ambiente onde a cobra vai passar praticamente toda a sua vida. Ele deve ser amplo, arejado e com objetos que simulam o habitat natural da serpente.
Ao planejar o terrário, considere que ao longo dos anos a cobra vai crescer. Uma jiboia, por exemplo, pode atingir quatro metros e pesar até 30 quilos. Esse ambiente precisa ser: espaçoso; com boas travas - já que as serpentes adoram fugir; ter controle de temperatura - com termômetro; estar em um local adequado que facilite a limpeza e a reposição de água e comida.
O terrário pode ser montado com grama sintética, para evitar que a cobra coma o material orgânico. Pedras, galhos e até mesmo uma caixa de papelão podem compor o ambiente, lembrando sempre que elas gostam de se esconder, por isso, planeje essa casa com uma “caverna” adequada.
Algumas espécies necessitam até de uma iluminação especial. O veterinário é o profissional adequado para ajudar o tutor a montar esse terrário e indicar quais são os objetos necessários nele.
Alimentação
As serpentes não se alimentam todos os dias. Dependendo do período de vida e até mesmo por causa da temperatura do ambiente, elas podem passar semanas sem comer. Geralmente, esse ciclo de alimentação é semanal ou quinzenal.
As cobras mais jovens se alimentam com mais frequência. Essa refeição inclui pequenos animais, como roedores, aves e coelhos. O veterinário do seu pet pode indicar ainda um suplemento alimentar e explicar de que maneira essa alimentação pode ser adquirida pelo tutor.
Sempre busque por apoio especializado para alimentar a serpente e recuse receitas caseiras ou soluções de desconhecidos. Lembre-se: cada animal é único e apenas o profissional especializado é que poderá avaliar o seu pet e dizer quais são as necessidades dele.
Saúde
Para manter as cobras saudáveis, é preciso observar principalmente o ambiente e a alimentação. As serpentes possuem sangue frio, por isso, podem ficar doentes em locais com temperaturas abaixo dos 24ºC. Nesse caso, é preciso que o terrário tenha um aquecedor próprio.
As cobras podem trocar de pele até cinco vezes ao ano. São animais que dificilmente ficam doentes, e dispensam cuidados extras com a saúde.
Os problemas mais comuns são estomatite, relacionados por uma má alimentação, e machucados provocados por manuseio incorreto.
Veterinário
Animais exóticos, como as cobras, precisam de atenção especial de um médico-veterinário, isso porque as doenças são silenciosas e ao aparecerem sintomas, o estágio do problema pode estar avançado.
No caso das cobras, a recomendação é que elas sejam levadas ao profissional uma a duas vezes ao ano. Ele vai avaliar as condições físicas e aumentar ou diminuir a quantidade de suplementos e vitaminas. Ele poderá até mesmo indicar uma nova dieta para o seu pet.
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